domingo, 2 de novembro de 2008

Saiu o novo livro do Jose Saramago

http://sonandolarevolucion.files.wordpress.com/2007/06/saramago_no_suplemento_clarin500.jpg



Saramago admite que escrever seu novo livro não foi nada fácil

Bolívar Torres, Jornal do Brasil

RIO - Perto de completar 86 anos, o escritor português José Saramago admite: escrever seu último livro, A viagem do elefante, não foi nada fácil. Enfrentando graves problemas de saúde, o Prêmio Nobel de Literatura de 1998 achou que talvez não conseguisse completá-lo.

A obra se apropria de um episódio histórico curioso do século 16, quando um elefante asiático chamado Salomão foi obrigado, por caprichos reais, a percorrer metade da Europa. Como sempre, o escritor faz de sua história uma metáfora sobre a humanidade, carreada de humor corrosivo.

Em entrevista ao Jornal do Brasil, o romancista fala sobre estilo literário, política e sua atividade como blogueiro.

O que o atraiu tanto nesse episódio histórico?

O absurdo da situação. Não será absurdo que o rei D. João III tenha feito um presente ao arquiduque da Áustria e que esse presente tenha sido um elefante, que ainda teve de percorrer os milhares de quilômetros que separam Lisboa de Viena? É algo que nenhum romancista talvez se atrevesse a inventar. E no entanto aconteceu. Sendo este o romancista, era inevitável que a viagem de Salomão se transformasse em metáfora. Em metáfora da vida humana, quero dizer.

O senhor enfrentou uma grave doença. Chegou a duvidar que pudesse terminar o livro?

Era uma possibilidade, mas, no fundo, não obstante a extrema gravidade da doença, confiava em que de possibilidade não passasse. Foi assim, felizmente. No próprio dia em que saí do hospital, reduzido a uma sombra de mim mesmo, recomecei a trabalhar no livro. E ele aí está.

A capacidade de rir de si mesmo é uma maneira de salvar a humanidade ou de dignificá-la?

A dignificação chega pela responsabilidade. Tornemo-nos responsáveis. Depois poderemos rir-nos do que quisermos, incluindo a nossa própria pessoa.

O tema do livro lembra um conto de Mark Twain, 'O roubo do elefante branco'...

Não conheço esse conto, e ainda bem, porque, se o conhecesse, é bem possível que minha Viagem não chegasse a existir.

O senhor usa os diálogos de uma maneira não-convencional, intercalando-os na narração. É uma maneira de forçar a inteligência do leitor?

As raízes do meu discurso escrito estão na fala de todos os dias e na necessidade que sinto de transmitir uma sensação de totalidade integradora em que o diálogo é somente um elemento do espaço em que decorre. Sou consciente de que essa totalidade é impossível de alcançar, mas isso não significa que não o tente em cada página que escrevo.

Podemos dizer que o senhor se obriga a passar pelo viés da ficção para escrever ensaios?

Sou um romancista que não quer nem saberia limitar-se a contar uma história, por muito interessante que fosse. Preciso de mostrar todas as conexões possíveis, as próximas e as distantes, de modo que o leitor compreenda que, estando a falar de um elefante, por exemplo, estou a falar da vida humana. É a atitude do ensaísta. Deste ponto de vista, não vejo qualquer contradição entre o romance e o ensaio.

O senhor agora tem um blog. Esse novo meio pode ser considerado literatura?

Não creio. A literatura é o resultado de um diálogo de alguém consigo mesmo. Mas tem um aspecto muito positivo. Pôs a escrever pessoas que provavelmente nem nisso tenham pensado. Não é pequena coisa.

O que o motiva a lutar por suas idéias?

Precisamente as minhas idéias, tanto na atividade literária como na social ou cívica.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O mundo fica mais bonito quanto mais as pessoas se misturam.....

.... e e se comunicam, rompendo qualquer barreira.

O Wouter eh um cantor laaaaaaaaaa da Holanda (a outra Holanda, hehehe!) E a Giovanca eh da Alemanha. Adoro este louro e esta negra, com vozes tao diferentes cantando: "Desde que a gente esteja apaixonados".
Ele, como quase todos os europeus, fala varias linguas e, durante uma conversa de 3 minutos ele alterna 4 ou 5  linguas diferentes. 
Alias, Wouter acabou de gravar uma musica em Portugues com uma cantora de Cabo Verde, aquela ilhazinha na costa da Africa que tambem fala nossa lingua.
Enquanto nao posto o video em Portugues, curtam Wouter Hamel e Giovanca.
 
I can't believe my love/Nao posso acreditar, meu amor 
This feeling that you give me/Nesta sensacao que voce me da 
I'm really high above/Eu vou nas alturas 
The world seems small and silly/O mundo parece pequeno e engracado 
I look at what is left/Olho pro que sobrou 
Of all my dissapointmence/De todos os meus desapontamentos 
And I can't find a trace/E nao encontro nenhum rastro 
Of any kind of torment/De nenhum tipo de tormento  
I wanna stay out here till the end of time (end of time)/Quero ficar assim ate o fim dos tempos
I finally see the view out from this cold night (this cold night)/Finalmente posso ver o fim desta noite gelada
I wanna stay untill the morning comes to wake us/Quero ficar assim ate que a manha nos acorde 
And see if life will take us/E ver se a vida nos ganhara 
As long as we're in love/Desde que a gente esteja apaixonados 
In love  
I can't believe my love/ Nao posso acreditar, meu amor 
Cullings on my shoulder/Em traicao pelas costas 
He's whispering sweet and low/Ele cochica suave e baixinho 
As we fly across the ocean/Como se voassemos sobre o oceano 
I look at what is left Of all my dissapointmence 
And I can't find a trace Of any kind of torment  
I wanna stay out here till the end of time (end of time) 
I finally see the view out from this cold night (this cold night) 
I wanna stay untill the morning comes to wake us 
And see if life will take us As long as we're in love In love  
With your eyes so brown/Com seus olhos castanhos 
And your burly frown/e suas sobrancelhas grossas 
You could light it up the gloomy eastern skies/Voce pode reluzis nos ceus brilhantes do leste  
I've been waiting for/ Eu tava esperando 
Someone to adore/Por alguem pra adorar 
To just hold me tight and see me through the night/Que me abracasse e me olhasse atraves da noite  
I wanna stay out here till the end of time (end of time) 
I finally see the view out from this cold night (this cold night) 
I wanna stay out till the morning comes to wake us 
And see if life will take us As long as we're in love In love/As long as we're in love (I'm in love) In love 
As long as we're in love In love As long as we're in love In love


Apanhando da gramatica

Postando a historia do Ze Cazuza corujaozinho fui acometido por uma crueeeeeeel duvida gramatical. 
Esclarecam-me  alunos de D. Mascilva - pelo menos aqueles que nao mataram a aula sobre diminutivo - pra ir tocar violao no parque.  (Havia um tempo em que os alunos "enforcavam" aulas pra ir bater papo sentados numas estrelas que ficavam ao lado da estatua do general. Um general que sonhou em entrar pra Historia com uma frase idiota: "- Mas vale um general morto do que um general coxo.") 

Mas, voltando pra duvida de portugues:

Se todos os "...zinho" sao com "Z", por que  "coisinha" e "Joaosinho" (do Joasinho Trinta) eh com "S"?

Hoje me arrependo de ter ido sentar naquela estrela.... hahahaha!

Contando historias pra criancas

Tou trabalhando num livro infantil. Um livro explorando conceitos elementares de  fisica (como a lei da gravidade), curiosidade intelectual e ousadia. Nao tem jeito, todas minhas referencias estao em Tamboril, entao o cenario sao lugares e pessoas que, pelo menos os mais velhos reconhecerao. Aqui esta a primeira parte do livro... as ilustracoes estao a caminho.

Zé Cazuza

Zé Cazuza, o corujãozinho, nasceu e se criou em Tamboril.
Num tempo em que nada, ou quase nada, acontecia.
Zé Cazuza era curioso, vivia pesquisando.
Gostava de aprender mas, morria de medo de voar e vivia com medo de cair.
Com medo de ter medo, Zé Cazuza pesquisou no seu diário mais antigo.
- Quando foi o dia em que aprendi a ficar com medo?
Foi num dia qualquer de sua infância.
Uma quarta-feira, por volta das 9:45 da manhã.
Enquanto sua mãe Coruja Calô lavava roupas no Pedrical, o corujãozinho cavava cacimbas na areia e admirava o vento balançando a cabeleira verde dos coqueiros.
Passava o tempo e matava o tédio calculando os litros d'agua caindo da cachoeirinha de pedra, cimento e cal construída, há muito tempo, pelos escravos da região.
Às 9:45 minutos, quando acabava de cavar a vigésima quinta cacimba, um côco caiu do coqueiro há dois palmos de Zé Cazuza.
Ele deu um pinote pra direita, olhou pra cima do coqueiro e achou melhor ir cavar cacimbas noutro lugar.
- Ainda tem uma dúzia de côcos pra cair.
Assustado, Zé Cazuza olhou pra água despencando da cachoeirinha do Pedrical, olhou de novo pro topo do coqueiro... mais uma vez pra cachoeirinha...
- Huuuuuum! Tudo que cai, cai pra baixo!
Experimentou jogar umas pedras pra cima, mas não tinha jeito, as pedras sempre caíam pra baixo acertando seu cocurutinho de coruja.
Foi ali que o medo chegou e o pinote, com o medo do côco, foi o vôo mais alto que o corujãozinho vôou.
- Se ao menos as coisas caíssem pra cima, pensou, ninguém se machucaria.

sábado, 11 de outubro de 2008

O tenor e o coral de perus

Alexandre eh um amigo que ha alguns anos veio passar uma semana em Tamboril. Ele eh cantor e adora fazer novas experiencias musicais. Como ensinar perus a cantar em coro.


Havia uma distancia entre o interior e a capital

Agora o mundo se tornou acessivel mas, na minha adolescencia, subia e descia a rua Benjamim Constant pensando na distancia que me separava dos garotos da capital que vinham passar as ferias em Tamboril. 
Havia um profundo canion nos separando. 
Esta exclusao do mundo, a sensacao de morar no meio do nada se manifestava na limitacao de vocabulario.
Tinha a palavra que eu achava a mais bonita, que eu adorava ouvir mas que nao tinha a mais vaga ideia do que significasse: Mucuripe.
Havia lido nos livros de Historia que havia em Fortaleza um lugar fascinante chamado Porto do Mucuripe... e que Jose do Patrocinio havia feito uns discursos antiescravidao por la.
Fortaleza. Tudo era Fortaleza... as coisas mais instigantes pareciam pulsar em Fortaleza.
Esta sensacao ficou mais forte quando a Professora Mascilva chegou em Tamboril. Aquela mulher de poucas palavras, segura de si, com letra redonda, clara, desenhada a giz nas "lousas" do Grupo General Sampaio. Qualquer gramatica parecia mais facil.
Lousa. Meu Deus, quanto tempo que eu nao falava esta palavra.

Aqui, minha referencia imagetica da palavra Mucuripe.


sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Quem ja leu Pedro Salgueiro?

O olhar
  
 

Quem me conhece bem sabe que eu tenho uma obsessão pelo olhar. E vivo dizendo que o olho é o caminho mais curto da alma para tudo que está aqui fora, no mundo vivido; mas nem sempre foi assim — houve um tempo em que ele significava o mesmo que o olfato, o gosto e outros sentidos vulgares.

E se hoje não consigo mais olhar alguém nos olhos, não é por fraqueza... essa covardia comum a qualquer indivíduo medroso, e sim uma espécie de medo que me consome desde a juventude.

Descobri o poder de um olhar no dia mais infeliz da minha vida. Explico: desde a mocidade eu planejava uma vingança contra um sujeito que bateu no rosto de meu pai, em meio a uma discussão besta, por causa de não sei que teima. Era uma tarde morta, triste — daquelas em que os únicos barulhos ouvidos eram os gritos de crianças, vindos com o vento de um bairro distante. Lembro como fosse hoje, no entanto já se passaram setenta anos desde aquela tarde.

Começaram conversando baixo, depois as vozes foram aumentando, até silenciarem com um tabefe seco, que meu pai engoliu fundo, baixou a vista, apanhou o chapéu do chão... e eu fui seguindo seus passos de longe (nunca o caminho de nossa casa fora tão longo): desde este dia nunca mais foi o mesmo, e até o último instante de sua vida ele jamais haveria de levantar a vista — morreu com os olhos baixos, como se fosse (desde aquela maldita tarde) indigno de olhar os outros nos olhos.

No dia de sua morte jurei para mim mesmo que o responsável por tudo aquilo pagaria com a vida pelo que fizera. Planejei durante muito tempo, teria de ser uma ocasião singular; não poderia acontecer rápido, exigir a uma ocasião especial. Levei quarenta anos estudando a situação, e por várias vezes estive lado a lado com ele, só eu o conhecendo; vezes houve em que trocamos algumas palavras; depois o perdi de vista por quase dez anos. Eu não tinha pressa, estava certo de que logo ele estaria em minhas mão, inevitavelmente.

Um dia eu soube através de um tio que continuava residindo no vilarejo de minha infância que o meu desafeto regressara para passar os últimos dias de sua velhice na terra natal. Havia chegado a hora, não poderia deixar para depois, era agora ou nunca. Convenci minha esposa e os filhos já rapazes de que precisava ir ajudar a família em uma questão de terras, mas que logo estaria de volta a casa.

Cheguei pela manhã, no primeiro trem — e foi como se a vida toda desfilasse em minha mente, as idéias tornavam—se confusas: o passado e o presente se misturavam como se fosse em um sonho. Passei o resto da manhã meio perdido, não conseguia reconhecer ninguém. Da janela da hospedaria fiquei esperando a saída dele para um passeio, e que fosse à tarde, do jeitinho de outrora.

Quando ele despontou na esquina da farmácia já era boquinha da noite. Eu me aproximei: olhei-o nos olhos, bem fundo, puxei vagarosamente a faca e, quando notei que o seu olhar me reconhecia (tive certeza disso), afundei-a toda em seu peito, depois outra e mais outra. Da surpresa inicial de seus olhos passou para não mais reagir tentando se proteger com as mãos, agora aceitava tudo parado a me olhar tristemente - as feições de surpresa e dor deram lugar a uma calma superior, quase arrogante. Olhou-me bem fundo. Neste instante meu braço jazia parado no ar, um último golpe inútil fora contido por aqueles olhos. E o que vi em seguida, teria preferido a morte, um simples olhar sereno, mais forte que toda a minha raiva guardada, um único olhar que eu jamais vira em toda a minha vida, um olhar de quem não estava mais neste mundo, um olhar que (com certeza) nunca mais me dará paz nesta vida. Fugi como o diabo foge da cruz, depois me apresentei com advogado e cumpro (em parte devido à idade) a pena em domicílio; porém sinto que já não vivo depois daquele olhar. E desde aquele dia não levanto a vista, pois não sou mais digno de olhar para mais ninguém neste mundo.


PEDRO SALGUEIRO — Nasceu no Ceará (Tamboril, 1964), tem editados os livros de contos O PESO DO MORTO (1995), O ESPANTALHO (1996), BRINCAR COM ARMAS (2000) e DOS VALORES DO INIMIGO (2005), além de FORTALEZA VOADORA(2006).


PS.: Conheci Pedro menino, brincando pelas ruas... la pelas bandas  do Alto das Pedrinhas.



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Estao os tamborilenses satisfeitos com o atual prefeito?

Alguem visitou O Feiticeiro e fez o comentario abaixo. 
Estou aqui, do topo do serrote, a olhar Tamboril. Pensando nos 80% dos brasileiros que aprovam o governo do presidente Lula.
Olhando pros coqueiros la no Quandu andei me perguntando: 
Qual o nivel de satisfacao dos tamborilenses com o atual prefeito? 
O prefeito realmente se importa com aprovacao ou - agora que as eleicoes ja foram - o cidadao var dar azia no prefeito?

Afinal, a diferenca no numero de votos nao foi tao significante assim. Parece mais resignacao do tipo "dos males, o menor".


"Comentar sobre a "ERA TIMBÓ" em Tamboril é no mínimo prazeroso, mas NÃO NOSTALGICO. Acabou a mendicância. Hoje em Tamboril, existe equidade entre os eleitores e não precisamos mais saber que dia o prefeito estará na cidade, ou melhor, na fazenda, pois o atual, tem residência fixa e um gabinete na prefeitura, coisa que não existia nos últimos 20 anos. Parabéns Feiticeiro, pela brilhante iniciativa." (Comentario anonimo)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Deus, Rui Barbosa, Saramago, Pedro Timbo e a Justica, na prefeitura de Tamboril.

Retorica.
Quando li este dircurso na pagina do TCE/Ceara, achei que era realismo fantastico.

http://www.tce.ce.gov.br/sitetce/sessao.palavrapresidente.tce

Fiquei feliz por eles nao terem se apropriado novamente.

Poucas coisas nos levantam do meio dos mortos. 
Acompanhei de longe as eleicoes e fiquei com a sensacao de que a cabeca dos eleitores de Tamboril levantou-se e andou. 
Sou do tempo em que a familia Timbo era sinonimo de politicagem e trambicagem. Havia tomado posse da ignorancia dos eleitores... por usucapiao. 
Entrava mandato e saia mandato e ela la, sem largar o osso. 
Digo "osso" porque era com o que municipio se parecia durante todas as decadas em que a familia Timbo o dilapidou.
Eles nao estavam la para administrar o municipio. Administrar nao eh o que politica significa pra estirpe de politicos da quale eles fazem parte.
Eles, literalmente, avacalhavam com a miseria do municipio. Lidavam com os eleitores como quem lida com uma manada bois.
Tenho uma tia que tambem avacalhava com eles. Dizia: "O mal dos espertos eh achar que todo mundo eh bobo."
Durante a campanha, batia na porta dos "doutores" Chico, Pedro, Ze, Julieta, Maisa, bla bla bla - pecando praticamente na calcada da igreja - e mendigava pneu de bicicleta, nota de Cr$1, cadernos pros  filhos levarem pra escola... e o que mais desse na telha. Inclusive, telhas pra casa de taipa onde morava.
Uma grande atriz, minha tia. Quem a via podia jurar que nao havia eleitor mais leal em todo o municipio.
No que virava a esquina, ja tava ensaiando como multiplicar os presentes no comite da oposicao. Estocava pneu de bicicleta pros 4 anos de mandato.
No 15 de novembro - ainda nao havia segundo turno - votava meio que na sorte. As vezes se embananava e votava em vereador achando que era pra prefeito. Fazia diferenca nao. Nenhum deles ia estar la por ela mesmo! 
Mas num detalhe ela nunca se enganava: havia memorizado a palavra TIMBO so pra pular o quadradinho, na cedula,  ao lado do nome deles.
Por quase 20 anos ela se divertia a cada pleito. Eu adorava a gargalhada da minha tia, ao voltar da urna, achincalhando a familia Timbo.
- Deu Timbo, tia?
- Timbo? Hahahahahaha... rao se danar seus cabrarei!!!!!

Por onde andarao voces?


Por onde andam voces?

Ha tres geracoes

Ressuscitei. Apos 3 geracoes. 
O mundo mudou... e como mudou! 
Criou-se a virtualidade: estou em Tamboril, sem estar em Tamboril.
E desse jeito quero reestabelecer contatos, trocar ideias  com velhos conhecidos mas tambem conhecer as novas geracoes de tamborilenses. Saber o que se passa na cabeca deles. Entender a cidade. O que mudou 30 anos depois?  Vamos conversar?